15 de nov. de 2009

O L H A R D A V I D A

Se nossos olhos fossem como máquinas fotográficas e registrassem cada evento de nossas vidas, teríamos como relembrar as situações mais espontâneas e surpreendentes que vivemos. No entanto, o que temos são memórias, lembranças de momentos. Flashes da nossa própria história contada por e para nós mesmos, e as vezes compartilhada com alguém. Lembrar delas por vezes é difícil, mas com elas podemos chegar à um tal ponto de nostalgia, que até os detalhes mínimos são possíveis de serem lembrados.

Nem a sua e nem a minha mente se lembrarão de tudo... Nossa capacidade de armazenar as coisas é limitada, e pra piorar um pouco mais, nosso corpo sofre a cada segundo a ação inadiável e inquestionável do tempo. Nascemos... Crescemos... Envelhecemos... Morremos... E o espaço entre essas coisas é o que chamamos de vida. E o que fomos? O que deixamos para trás? Vivemos ou sobrevivemos todo este tempo? São perguntas intrigantes, mas deve-se encarar o fato de que por vezes as ignoramos por puro medo da verdade sobre nós mesmos, ou a preguiça e o comodismo de poder melhorar quem somos, para nós e para os outros também...

Se conselho valer, segue alguns. Coisas que sabemos, mas fingimos que não... Muitas vezes o brilho do nosso próprio ego nos ofusca, e na maioria das vezes tentamos acreditar que está tudo bem, mas no fundo sabemos que não. Então, acorde... ao despertar agradeça a Deus pela vida, pelo milagre e sopro divino que se faz presente em ti. Viva sua vida... Não espere que ela passe diante de ti... Sorria, isto atrai sorrisos. Não julgue as pessoas, elas tem o direito de errar e aprender com isso assim como você e eu... Relembre cada dia e torne-o um filme, lhe dê um Oscar por isso, você é o roteirista, o diretor e o ator principal... Por isso não trate seus dias como dias quaisquer. Deus nos dá uma página em branco todo dia para escrever nossa própria história. Só depende de nós isto, e depois rir, chorar, e lembrar de quem fomos...

9 de nov. de 2009

O V E N T O

Não se vê, mas se sente. Proporciona uma agradável sensação de conforto, as vezes frio, as vezes pode servir de alerta para chuva, ou então para dispersá-la.

Vento que quando, sem esperar, assopra a areia que se eleva e irrita os olhos, que fechados por um instante e doloridos nos faz dar valor à visão... Variável, inconstante, impalpável, mas de bom agrado, pelo menos para alguns...

Singelo, ele canta. O balé das folhas secas naquela tarde fria de outono. As folhas moças se envergonham e se agitam quando os rapazes se aproximam, mas gostam. É a lei natural. A música aumenta, elas se dispersam e agitam cada vez mais e, de repente, param, exaustas sobre um canto qualquer no qual esperam, afoitas, que a música comece novamente... talvez num outro ritmo, mas esperam... O casal de velhinhos sentados admira, trazendo para si a memória de sua juventude e alimentando a chama da paixão e do carinho ainda presente. Os cabelos brancos e as rugas nas faces, principalmente quando sorriem, denunciam sua felicidade.

A imaginação que flui, quando os olhos se fecham e sente a brisa suave. Anoitece, já é tarde... ainda escreve, porque gosta. Sente novamente a brisa, arrepia... Um pouco de frio talvez, mas é refrescante. Sensações, olhares, momentos...

O vento pode nos trazer à memória o quão pouco se precisa para se sentir bem. Não somente pela sensação direta que ele proporciona, mas pelas outras coisas que se agregam a ele. Utilizando o exemplo do balé das folhas e com um pouco de imaginação e metáfora, podemos comparar o vento como uma espécie de música para a natureza. Observe: as árvores dançam alegres(algumas se exaltam tanto que até caem por isso), sacodem suas copas verdes, embora existam árvores tão sem graça como nós que não gostam da música e peranecem imóveis. E sua música é tão intensa que não se restringe às árvores apenas. O mar também contagia-se, as nuvens. Tudo. O interessante é que nós humanos não conseguimos captar o seu som. Mas podemos sentí-lo se quisermos. Isso já basta. A mim, pelo menos, é suficiente para proporcionar bem-estar...

Vento... que alegra a natureza, arrepia a pele no frio, ajuda a refrescar após um banho num dia de calor, que inspira, que abraça e que faz parte da vida de todos nós...

8 de nov. de 2009

P A L A V R I D A D E

Esta palavra não possui etimologia encontrada em dicionários ou quaisquer livros...
Na realidade, trata-se somente de uma junção de prováveis coisas que me vieram na mente. Mas gostaria de deixar a definição exata para cada um que ler. Dessa forma, pode ser que se torne útil para você, ou ao menos tenha algum significado interessante.

O meu objetivo com este blog é simplesmente escrever. Apenas palavras, como diz no rodapé do blog (que por sinal tive um trabalho imenso pra entender como funciona). São alguns momentos, talvez nem sempre constantes, em que me der vontade de escrever algo. Escrever me faz bem.

Segundo a definição de um dicionário, palavra é a
unidade da língua escrita, situada entre dois espaços em branco[...], talvez estes dois espaços em branco sejamos eu e você, você e eu, e ela se torna algo que está entre nós como um objeto de ligação. A escrita talvez seria um mecanismo que o Homem desenvolveu e que Deus permitiu para que preservasse a memória de algo, visto a nossa facilidade em esquecer. Eu ainda prefiro a fala, pois ela pode emitir com clareza e sinceridade a mensagem desejada. Seu sentido é próprio, e perfeitamente entendível. Falei e pronto. É o que se entendeu. As palavras escritas muitas vezes permitem um duplo sentido de uma mensagem... Mas gosto delas mesmo assim.

Você pode ler e concordar, ler e questionar, ler e esquecer, ou ainda nem ler. Assim como eu mesmo posso fazer o mesmo...